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Suspeita de matar quatro pessoas, “serial killer” de Guarulhos confessa dois crimes e detalha envenenamentos

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Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, confessou à polícia envolvimento direto em dois dos quatro assassinatos dos quais é acusada. Em depoimento de mais de três horas prestado no 1º Distrito Policial de Guarulhos, em 7 de setembro, ela descreveu como se aproximou das vítimas e aplicou os envenenamentos. A suspeita chegou a relatar que utilizou um aplicativo para modificar sua voz, simulando ser um homem, com o objetivo de despistar as investigações.

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Durante o interrogatório, Ana Paula também mencionou um ritual com sangue de galinha, que teria sido realizado após uma das mortes. Sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, também está presa e foi formalmente indiciada por participação nos quatro homicídios. A defesa de Roberta nega todas as acusações.

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Outra pessoa envolvida é Michele Paiva da Silva, que teria contratado as irmãs para assassinar seu pai, Neil Corrêa da Silva, envenenado no Rio de Janeiro em abril. Michele foi detida pela Polícia Civil e levada para São Paulo. Ana Paula foi transferida após 60 dias em Guarulhos para a Penitenciária Feminina de Santana.

As investigações mostram que Ana e Roberta trocaram mensagens sobre o pagamento pelo crime, utilizando o termo “TCC” como código para os assassinatos. Um desentendimento financeiro entre as irmãs também foi registrado, o que levou a uma ruptura temporária entre elas.

Ana Paula tentou incriminar terceiros usando mensagens de texto em que se passava por um suposto policial militar. Em outro caso, após a morte de Hayder Mhazres, ela pediu à irmã sangue de galinha para realizar um ritual, sem explicar o motivo.

As vítimas identificadas foram Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres, mortos entre janeiro e maio deste ano. Roberta teria ajudado a eliminar provas, como ao queimar um sofá onde uma das vítimas foi encontrada.

A Justiça decidiu concentrar todos os processos em Guarulhos, diante das ligações entre os casos. A polícia ainda realiza diligências, incluindo exumações e perícias, para esclarecer a extensão da atuação das gêmeas e possíveis cúmplices.

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